6 de abril de 2011


Odeio sentir o que eu ando sentindo. Odeio me sentir prestes a explodir por ficar tanto tempo sob pressão. Me odeio de verdade, por pensar certas coisas. Eu odeio o jeito que eu penso nas coisas. Às vezes parece que meu pensamento funciona sozinho. Eu odeio não ser forte o bastante pra ficar tão bem mesmo quando me sinto rejeitada ou sozinha. Eu odeio ser insegura. Eu odeio reclamar das coisas, principalmente quando sei que a errada na situação sou eu. Eu odeio como me sinto criança com todo esse exagero de super proteção. Odeio sentir coisas só por que alguém sente. Odeio absorver características. Odeio ser julgada. Odeio não saber dizer não para algumas pessoas. Odeio quando tenho muitas coisas pra falar mas no final acabo sem falar nada. Odeio não ter respostas, mas odeio ainda mais ter as dúvidas. Odeio ser tão insegura quanto ao que eu acho certo. Me odeio quando não consigo ser clara o bastante e direta pra certas coisas. Odeio como as escolhas mas importantes da minha vida me dão medo. Odeio sentir medo. Odeio como o tempo me fez virar essa pessoa que pensa tanto antes de fazer certas coisas. Acho que eu me odiaria menos se eu passasse a fazer as coisas que de verdade eu quero fazer, sem ficar medindo todos os danos. Odeio como eu me desespero fácil, e fujo. Odeio quando alguém me entende em aspectos que nem eu mesma entendo. Odeio não entender algumas pessoas, mas me odeio quando quero entender pessoas que não valem nem a pena. Odeio quem acha que pra ser normal, tem que ser igual a maioria. Odeio ter de lidar com certas pessoas, e odeio ainda mais quando elas acham que precisam aprender a lidar comigo. Odeio esperar. Odeio pensar que fiz alguém esperar por qualquer coisa vinda da minha parte. Odeio criar expectativas nas pessoas. Odeio medir as minhas expectativas.

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