30 de dezembro de 2010

sobre as interrogações ...



Sempre fui de querer demais. Pessoas assim acabam também esperando demais. Deve ser por isso que tudo parece pequeno para mim. Pouco, insuficiente. E às vezes, vazio. Hoje quero uma direção. A certa, por favor. Na realidade eu queria certezas, odeio dúvidas e confusões na minha cabeça. E me sinto assim, perdida. Perco o sono, perco a paciência, perco a noção, perco o senso, perco mais, perco tudo, me perco.

Pego os sentimentos, as coisas bonitas, as feias, os fatos, os fardos, e penso. Repenso. Olho para o lado, para o outro, imagino, reflito, peso, meço, e não encontro saída. Aliás, saída tem, muitas, incontáveis, infinitas. Então me diz, qual a melhor? Qual decisão tomar? Qual rumo? Qual é a estrada menos esburacada? Qual é o caminho que vai causar menos danos e prantos?

Respostas, cadê vocês? De uma vez por todas, apareçam. Preciso tanto, mas tanto que vocês dêem o ar da graça. Me perdi, alguém aí me acha? Alguém aí me ajuda a me procurar? Estou com saudades de mim, daquela menina bem resolvida, sorridente e de coração leve. O que há de errado? Qual é o meu problema? Onde estou? Quem é você, quem sou eu? O que eu quero? O que significa a vida, o mundo e as pessoas? Aonde vim parar, para onde estou indo?

Interrogações transbordam, sufocam, e isso é cansativo. Demais até. Tudo bem, eu sei que não há nada melhor que o tempo para colocar tudo no seu devido lugar. Sei, sei, sei. Além do mais, sei também que tudo passa, tudo se resolve e a vida continua. Bingo! Mas vem cá, quanto tempo demora o tempo? Vai demorar? Estou na sala de espera. Tic, tac, tic, tac...

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